quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Nike 600 - O desafio

Entre os dias 23 e 27 de setembro, participei do Desafio Nike 600, a maior prova de revezamento das américas, entre as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Sem dúvida, foi a maior prova que já fiz na vida, em todos os sentidos. Maior em distância (corri cerca de 75km em 4 dias), maior em estrutura, organização e cobertura e maior também no nível de motivação e adrenalina que esta participação gerou.

Foram 20 equipes, distribuidas em grupos que representavam as cidades de Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte, assessorias esportivas do Rio e de São Paulo, e equipes que a própria Nike montou com convidados. Participei da equipe representante de Curitiba.
Cada equipe tinha 12 atletas, sendo 8 homens e 4 mulheres. Dez destes atletas eram inscritos como corredores titulares e tinham uma sequencia de trechos a cumprir, desde a largada no Ibirapuera em SP, até a chegada na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Dois eram reservas, mas que pela exigência da prova, foram bastante utilizados por todas as equipes.

Eu fui o corredor número 3 da equipe Curitiba, e cumpri 3 trechos de cerca de 7km nos três primeiros dias de prova, e mais um trecho de 10km no domingo, último dia. Este último trecho foi dentro da prova Nike Human Race, que reuniu cerca de 5.000 pessoas. Abaixo, parte da nossa equipe de Curitiba correndo em pelotão na Human Race.


A prova em 10 momentos:

Primeiro Trecho: Adrenalina a mil. Largada debaixo de muita chuva, na rodovia Anchieta. Foi o terceiro trecho da prova. Recebi a pulseira do meu colega MP em primeiro lugar geral, e liderei a prova até a passagem para o próximo trecho. Corri alguns metros atrás dos coelhos Vanderlei Cordeiro de Lima e Franck Caldeira. Pena que faltou perna para buscá-los...


Ritmos: Uma preocupação durante toda prova foi qual seria o ritmo ideal que pudesse ser forte o bastante, porém não me matasse para o restante dos trechos que estavam por vir. Essa preocupação ficou só na teoria. Desde o primeiro trecho, corri no meu limite. Nos dias 1 e 2 quatro trechos em ritmo muito forte (3:32/km; 3:35/km; 3:31/km e 3:35/km). Em nenhum deles a topografia era 100% plana e algumas subidas leves. Provavelmente, se estivesse em uma prova isolada, teria condição de fazer meu melhor tempo do ano.

Recuperação: Muito cuidado com a alimentação e hidratação. Carboidrato em gel e aminoácido antes da largada, gatorate e proteína em barra após. Depois de uma hora, alimentação: pão, mel, frutas secas e coca-cola ou Ades. Massagem e alongamento entre os trechos também. Muita água. Imersão em gelo e massagem pro nos villages a noite. Muita massa no jantar.


5 minutos de fama: Ao longo dos dias, dei (assim como vários outros corredores) entrevista para SporTV, ESPN, jornalistas que acompanhavam as provas, fui filmado por carro da globo e outros jornalistas também. Ainda estou tentando garimpar todo material na internet...

Paisagem: a descida da serra em SP e o mar de Angra dos Reis. Estes dois lugares merecem ser visitados novamente durante férias de verdade. As fotos falam por sí...


O pior trecho: Dia 3, segundo trecho. Rodovia Rio-Santos, mais de 30 graus, sol de meio dia. Máquinas na estrada, poeira e asfalto quente. Em alguns trechos, asfalto recém colocado, soltando vapor... essa deve ser a sensação de correr no inferno. Pra piorar, o corredor de BH correndo na minha frente uns 500m... não deu para alcançar mesmo.

Transições: Era onde as coisas aconteciam. Interação com as outras equipes e com os locais. Bater um papo com um morador da vila de funcionários da usina de Angra dos Reis (que tem uma equipe de corrida), observar um felizardo que em plena quinta-feira fazia kite-surfing na praia, conversar com corredores de outras equipes ou confraternizar com a nossa equipe...

A chegada: pela ordem dos corredores, eu como número 3, tive a incumbência de fazer o último trecho antes da chegada no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca. Tarde de sábado, o cansaço já alto e dificultando um ritmo mais forte, e muito calor. A equipe de BH já havia partido a alguns minutos e abriu uma boa distância, então só me restava correr para a linha de chegada, não lamentando o segundo lugar naquele dia, mas sim, para celebrar com a equipe toda, mais uma etapa do desfio cumprido. Chegamos ao Rio, agora só faltam 10...


Nike Human Race: foi uma bela idéia da organização (entre várias outras que tornaram a estrutura deste evento inesquecível) que fazer os últimos 10km deste revezamento junto com a prova Nike Huma Race. Largamos 20 min antes de 5.000 corredores que estiveram desfilando um mar vermelhor até a praia de Ipanema. No dia anterior, já tinhamos tido a honra de desfilar como heróis na entrega de kit deles, já que enquanto fechavamos nosso terceiro dia no hotel com massagem e jantar, como de costume, os corredores da HR nos assistiam e viam fotos nossas durante os dias anteriores do revezamento. A corrida também reservou um momento especial que foi poder correr toda equipe junta, como parte de estratégia (já que o tempo do sétimo colocado era o que valia para a pontuação), mas também como parte de uma ajuda mútua, onde todos procuraram se incentivar e dar o máximo, com destaque para o nosso capitão MP.

A equipe mais unida: este premio não exisitia oficialmente. Mas nós ganhamos ele, tenho certeza. Muitos de nós não nos conheciamos antes da prova, talvez somente de vista de uma ou outra prova. Nos encontramos 3 ou 4 vezes antes do início do revezamento. Podia dar muita coisa errada, por conta de individualidades, personalidades, manias, jeitos, etc... mas não deu. Muito pelo contrário, deu tudo muito certo! Isso significa que cada corredor deu o seu máximo, não só correndo, mas também, aceitando fazer parte deste grupo, e compartilhando, cedendo, concedendo, vibrando, incentivando, chorando junto (até o motorista da van...) e consequentemente, vencendo junto com todos. Recebemos mensagens dizendo o quanto a união da nossa equipe transparecia a todos. Ficamos em 2o lugar geral, mas esse prêmio ninguém nos tira. Aos amigos Tadeu, Marcos Paulo, Artico, Marcelo, Joel, Wilian, Diogo, Eduardo, Tuca, Érli, Tammy e Eloita, muito obrigado!

domingo, 4 de outubro de 2009

Subida da Graciosa

Hoje é dia de falar de uma prova. Não uma qualquer, a prova. A Subida da Graciosa.
Estreei hoje na subida da Graciosa, meio que por acaso. Nos anos anteriores nunca tinha considerado fazer a prova, seja por não estar devidamente preparado, ou por estar focado em outro objetivo (normalmente a Maratona).
Esse ano, a convite do Prof. Tadeu, técnico da nossa Equipe Curitiba no Desafio Nike 600k, fomos encarar a subida como um treininho para o que nos aguarda nos 4 dias de competição entre São Paulo e o Rio no fim deste mês.
Mas que prova!!!

Correr em meio a natureza, com um desafio de encarar 14km de subida é sensacional. A subida e as curvas tornam a prova muito técnica. Talvez pela beleza e pelo desafio, esta deve ser, depois da Maratona, a prova que atrai mais turistas na região.
É fundamental controlar o ritmo o tempo todo, se não quebra mesmo.


Eu parti nos primeiros 4km dosando o ritmo em torno de 4:00/km e iniciando a subida, coloquei como meta manter a FC entre 170 e 175bpm. Com isso, mantive o ritmo de 5:00/km constante a serra toda. Com isso, ultrapassei vários corredores, que provavelmente iniciaram mais forte e depois quebraram. Nos últimos 5km, praticamente plano, foi onde imprimi o ritmo mais forte da prova, chegando a rodar algumas parciais a 3:40/km. Sinto que foi uma prova tecnicamente perfeita dentro da minha condição. Fechei em 1:31:50.
Como este ano a decisão de participar foi de última hora, não houve treinamento específico, mas sinto que ano que vem da para voltar e buscar um tempo melhor. Bons treinos!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Brinquedinho novo... Nike+ Sportband

Hoje estreei um brinquedo novo. O Nike+ Sportband.
Este é um novo lançamento da Nike, que tem como principio de funcionamento o mesmo do sistema dela que usa um sensor dentro do tenis associado a um ipod para medir alguns parâmetros de corrida.


A diferença deste é que não precisa de um ipod. O Sportband é um kit composto por um sensor que se encaixa dentro de todos os tenis da linha de corrida da Nike e uma braçadeira que comporta um chip com conexão USB. Esta pulseira é muito bonita, bem desenhada e parece um relógio discreto, já que tem um display onde podem ser acompanhado distância, ritmo, tempo e calorias gastas durante e após um exercício.
É muito simples de usar, já que só tem 2 botões. O manual de instruções também já dá indicação disto, basta ver que é um livretinho menor que um cartão de crédito, com poucas páginas e nenhuma palavra escrita; somente ilustrações indicam como fazer o bichinho funcionar com o antes, durante e após a corrida.


Por falar em após a corrida, chegando em casa, basta espetar o chip no computador ligado a internet e os dados vão direto para o site do Nike+, onde sua corrida fica armazenada junto com a de milhares de corredores no mundo todo, onde você pode participar de comunidades, colocar desafios, trocar experiências de treinamento. Não usei muito o site ainda, isso é assunto para outro post.

Bons treinos!